Em quatro meses de vacinação em todo o Brasil, estudos da Universidade Federal de Pelotas em parceria com a Universidade de Oxford, apontam que 40 mil mortes já foram evitadas no país graças ao imunizante. A pesquisa é baseada em dados do Ministério da Saúde que foram coletados entre o dia 3 de janeiro ao dia 27 de maio de 2021. A pesquisa levou em conta o avanço, mesmo que lento, da vacinação em todo o país e mostrou que as mortes em idosos com mais de 80 anos, os primeiros a serem vacinados, recuou em 16%. Já entre os com mais de 70 anos, a mortalidade diminuiu em 9%.
Quando é analisada todas as perdas de vidas em idosos com mais de 60 anos, o número ainda é maior. Eram esperadas cerca de 70 mil mortes em decorrência da doença para a faixa etária. Entretanto, neste período o país registrou 37.401 perdas de vida. Este ainda é um número grande, que poderia ser evitado caso a vacinação no país ocorresse de maneira mais rápida. O Governo Federal rejeitou inúmeros contratos de vacina e, por este motivo, o Brasil atingiu a triste marca de 500 mil mortos em decorrência do novo Coronavírus.
De acordo com o líder do estudo, Cesar Vitoria, da Universidade Federal de Pelotas, era esperado um aumento do número de mortes por conta da disseminação da variação P.1, porém notou-se uma queda nas mortes entre os idosos após a aplicação das vacinas. “Encontramos evidências de que, embora a disseminação da variante P.1 tenha levado ao aumento das mortes por Covid-19 em todas as idades, a proporção de óbitos entre os idosos começou a cair rapidamente a partir da segunda quinzena de fevereiro de 2021. Até então, essa proporção tinha se mantido estável em torno de 25% a 30% desde o início da epidemia, mas agora se encontra abaixo de 13%. Além disso, nossas análises de óbitos por outras causas mostram que o declínio proporcional entre os idosos é específico para as mortes por Covid-19”, afirmou.