Com a correria do dia a dia somos tomados por vários pensamentos, e nos esquecemos que alguns não correspondem à realidade.
É preciso ficar atento! Desenvolver recursos para diferenciar os pensamentos que nos ajudam dos outros que nos atrapalham.
Um recurso de grande auxílio é perceber os pensamentos como uma conversa, um diálogo interno, onde existem inúmeras possibilidades de interação.
Em uma conversa podemos fazer muitas coisas:
– Concordar ou não com a opinião que é exposta;
– Exigir maiores informações do que está sendo afirmado;
– Questionar a origem dessas informações;
– Apresentar uma versão diferente da mesma situação.
Se podemos questionar o nosso próprio pensamento, assim como questionaríamos outra pessoa, surgem várias possibilidades de investigar o quanto eles estão corretos ou não. Alguns critérios que podemos utilizar são:
1) Critério de Realidade: essa afirmação é real ou apenas imagino que seja?
2) Critério de Intensidade: realmente é tanto ou tão pouco como parece?
3) Critério de Precisão: termos como sempre ou nunca, tudo ou nada, indicam uma generalização da situação. Se perceber isso, procure especificar quando realmente ocorre a situação e qual a sua frequência.
4) Critério de Responsabilização: sou realmente vítima da situação? Qual a minha responsabilidade diante disso? Existe algo que eu possa fazer?
Quando criamos o hábito de não aceitar nossos pensamentos automaticamente, descobrimos que não estamos determinados por eles, e isso faz toda a diferença.
Pensar nos nossos próprios pensamentos e conversar com eles são meios de oferecer
significados mais coerentes e mais saudáveis para nossas vidas. Passamos a desfrutar
de um novo olhar sobre muitas coisas, inclusive sobre nós mesmos.