Iano Almeida
Desde 2015, as tarifas de energia elétrica dispararam no país. Isso tem forçado os brasileiros a buscarem alternativas que possam suprir as necessidades para baratear os custos na sua conta de luz. Nesse caso, a energia solar fotovoltaica tem sido o sistema mais utilizado para alcançar esse objetivo e vem crescendo a um ritmo acelerado. Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), em 2019 projeta-se um aumento de 125% em relação a 2018 na instalação de sistemas fotovoltaicos em residências, comércios e indústrias.
Há pouco tempo, a instalação de um sistema fotovoltaico para uma residência com um consumo médio mensal de 250 kwh, não ficaria por menos de R$ 20 mil. Hoje, para instalar esse mesmo sistema, o preço deve girar em torno de R$ 13 mil, com a vantagem de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por meio do Programa Fundo Clima, que permite o acesso de pessoas físicas a financiamento do sistema solar fotovoltaico com juros mais baixos.

Edson Soares (reprodução)
Antenado no futuro
Em Lagoa Santa, uma das primeiras pessoas a instalar o sistema de captação de energia fotovoltaica em casa foi Edson Soares. Nascido na Lapinha, voltou a morar lá em 2004, depois de aposentar-se na Fiat Automóveis.
De acordo com Edson, ele sempre foi ligado às novas tecnologias e a solar sempre chamou a sua atenção desde a década de 80, quando estava fazendo um curso de desenho mecânico. Segundo ele, foi comprar uma calculadora científica e a vendedora falou que tinha uma à pilha e outra por energia solar, o que o surpreendeu na época. “Era um pouco mais cara, mas já que não ia gastar pilha eu acabei comprando”, diz.
Em 2015, Edson viu no Google uma empresa que trabalhava com energia solar fotovoltaica e começou a ver os preços. “Fiz várias pesquisas e conclui que daria para instalar na minha casa.” Na época, a instalação de todo o sistema de captação de energia fotovoltaica para gerar 300 kwh custou quase R$ 23 mil e foi montado por uma empresa do Mato Grosso do Sul.
Indagado se valeu a pena o investimento, Edson não teve dúvida alguma em responder. “Valeu muito a pena, antes eu pagava uma média de R$ 300 a R$ 400 por mês na minha conta de luz, hoje eu pago R$ 60 e tem mês que a minha conta vem zerada. Acho que todos deveriam ter um sistema desses em casa, ainda mais agora que está mais barato do que antes”, afirma.
Conforme o aplicativo que acompanha o sistema instalado por Edson em sua residência, desde o início da medição, ele já produziu mais de 11 mil kwh. Ele deixou de jogar na atmosfera, aproximadamente, 10 toneladas de CO². “Além de ser bom para o bolso é bom também para o meio ambiente”, comemora.
Um incentivo
O vereador Fabiano Moreira apresentou o “IPTU Verde”. O projeto de lei prevê incentivo fiscal no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) aos proprietários de imóveis que adotem itens ou dispositivos que estimulem a proteção, preservação e a recuperação do meio ambiente, através de tecnologias sustentáveis. No caso da geração de energia fotovoltaica, esse desconto proposto seria de 10%. Em Campo Grande (MS), a Câmara Municipal já aprovou projeto nesse sentido.
“Essa iniciativa do vereador é realmente importante e incentiva, ainda mais, a busca por essa energia limpa que faz tão bem para o planeta”, finaliza Edson.
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