A Prefeitura de Lagoa Santa interditou um local de descarte de materiais utilizado pela construção civil no Bairro Sobradinho. A reclamação de moradores da região foi, inclusive, pauta de reunião na Câmara dos Vereadores no final do ano passado. Na ocasião, o vice-prefeito e também Secretário de Desenvolvimento Urbano, Breno Salomão, que estava presente em plenário, afirmou que formaria uma comissão, juntamente com os moradores, para resolver o problema.
Ocupando uma área de aproximadamente 8.000m2, o espaço era utilizado para transbordo e triagem de resíduos. O funcionamento das atividades no local ocorreu por mais de seis meses na cidade, conforme informações, sem alvará de funcionamento. Localizado na Avenida Integração, o suposto “bota-fora”, como era chamado, além de poluir o meio ambiente, com pilhas gigantescas de resíduos, colocava em risco a saúde de todos os moradores da região. De acordo com vários deles, o local é o grande responsável por atrair muitos insetos, provocar mau cheiro e dar ao bairro um aspecto que não condiz com as belezas de Lagoa Santa.
Outra reclamação constante dos moradores era o intenso fluxo de caminhões utilizados no transporte dos materiais descartados. O fluxo dos veículos, que carregavam mais de 180 toneladas de resíduos por dia, era tão intenso que tornava as vias do bairro e as proximidades intransitáveis. Isso, sem contar os perigos que quem trafegava em veículos menores corria, diariamente, nas subidas do bairro.
Apesar da interdição é possível ver ainda as enormes quantidades de materiais, propícias principalmente ao desenvolvimento de focos do mosquito da dengue, e estimadas em mais de 15 mil toneladas. De acordo com notificação da Prefeitura, o proprietário do espaço deve removê-los imediatamente.
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