OMS emitiu um alerta sobre casos de hepatite aguda infantil – No dia 15 de abril, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre a hepatite aguda infantil, pois em todo o mundo já foram registrados 348 casos.
No Reino Unido os primeiros dez casos foram identificados e todos em crianças com menos de dez anos e sem doenças pré-existentes. Outros 200 casos já foram registrados em outros países europeus, nos Estados Unidos e na Ásia. Até o momento, o Brasil investiga ao menos 16 casos suspeitos do vírus.
Após a realização de uma série de exames, nas crianças do Reino Unido, os cientistas perceberam que a maioria dos casos tinha a presença do adenovírus 41F. Os vírus dos tipos A, B, C, D e E, que são as causas mais comuns da hepatite, foram descartados.
A hepatite aguda infantil é um processo inflamatório do fígado que geralmente acontece em decorrência de quadros infecciosos. No caso da hepatite aguda, ela pode durar semanas ou até seis meses.
A hepatite comum em crianças costuma ser causada pelo vírus A e desencadeia dor abdominal, diarreia, vômito, enjoo e perda de apetite. Alguns sinais são perceptíveis como a ictericia – cor amarelada da pele e no branco dos olhos – , urina escura e fezes esbranquiçadas.
Os especialistas explicam que a doença é considerada rara em crianças, pois, geralmente, os vírus responsáveis por infecta-las costumam acometer o sistema respiratório, e não o fígado. Nos casos mais graves registrados fora do Brasil, 90% das crianças com suspeitas de hepatite aguda grave precisaram ser internadas.
É importante salientar que os casos não têm nenhuma relação com a vacina contra o coronavírus, principalmente, porque alguns casos aconteceram em crianças com 5 anos, faixa etária que não foi vacinada.
No dia 01 de maio, último balanço divulgado pela OMS, pelo menos 10% a 14% das criança infestadas vão precisar de um transplante de fígado. Além disso, há, ao menos, 288 registros de hepatite misteriosa e uma morte. A instituição investiga a ligação do acontecimento ao adenovírus, que causa doenças gastrointestinais e respiratórias.
Leia também – Já se vacinou contra a gripe neste ano? É um cuidado com a sua saúde e com a das pessoas próximas de você