A operação policial “Acesso Pago” cumpriu 13 mandados de busca e apreensão e efetuou cinco prisões.
O ex-ministro da educação Milton Ribeiro foi preso – A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quarta (22/06), operação policial “Acesso Pago”, destinada a investigar a prática de tráfico de influência e corrupção para a liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, vinculado ao Ministério da Educação.
Com base em documentos, depoimentos e Relatório Final da Investigação Preliminar Sumária da Controladoria-Geral da União, reunidos em inquérito policial, foram identificados possíveis indícios de prática criminosa para a liberação das verbas públicas.
As ordens judiciais foram emitidas pela 15ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal, após declínio de competência à Primeira Instância. A investigação corre sob sigilo.
Estão sendo cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e cinco prisões nos Estados de Goiás, São Paulo, Pará, além do Distrito Federal. Outras medidas cautelares diversas, como proibição de contatos entre os investigados e envolvidos, também foram efetuadas.
O crime de tráfico de influência tem pena prevista de 2 a 5 anos de reclusão. São investigados também fatos tipificados como crime de corrupção passiva (2 a 12 anos de reclusão), prevaricação (3 meses a 1 ano de detenção) e advocacia administrativa (1 a 3 meses).
O ex-ministro Milton Ribeiro foi preso na operação policial “Acesso Pago”
De acordo com investigação da PF, o ex-ministro da Educação é suspeito de participação num “gabinete paralelo” para liberação de verbas do MEC.
Em áudio divulgado em março pela Folha de São Paulo, Milton Ribeiro afirmou que, a pedido do presidente Jair Bolsonaro, repassava verbas a municípios indicados por um dos pastores. Os pastores citados são Gilmar Santos e Arilton Moura também são alvos de mandados de prisão.
A defesa do ex-ministro diz que a prisão é “injusta, desmotivada e indiscutivelmente desnecessária”. Ribeiro, Santos e Moura negam irregularidades.
O presidente Jair Bolsonaro, em entrevista à rádio Itatiaia, comentou a prisão do ex-ministro e disse que “ele responde pelos atos dele”. Policiais federais também fizeram buscas na sede do MEC, em Brasília.
Fonte – Polícia Federal