A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou hoje (17) o Anuário 2021 e o número de acidentes e de mortes em rodovias federais cresceu em 2021, na comparação com 2020, interrompendo uma série de quedas consecutivas observadas desde 2011.
Segundo a PRF a quantidade de acidentes subiu de 63.548, em 2020, para 64.441, em 2021. Em 2011, quando teve início a sequência consecutiva de quedas, o total de registros de acidentes ficou em 192.322.
Minas Gerais registrou, segundo o Anuário 2021, 692 mortes nas estradas e amargou a posição de estado com o maior número de acidentes. Ainda de acordo com o Anuário 2021, Minas Gerais teve 8.308 acidentes seguido por Santa Catarina e Paraná com um total de 7.882 e 7.330 acidentes, respectivamente. A quantidade de feridos em Minas foram quase 10 mil pessoas (9.962 feridos).
A rodovia mais perigosa está em São Paulo, a BR-116 (SP), com 173 casos. Em segundo lugar ficou o trecho da BR-381 em Minas Gerais, com 162 óbitos.
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O que chamou a atenção é que dos 64 mil acidentes registrados em 2021, 38.930 ocorreram em dia de céu claro e 6.699 em situações de chuva. Isso desmitifica que dirigir com chuva é mais perigoso. Os meses de Julho e Dezembro são os meses com maior número de registros de acidentes (5.808 e 5.802, respectivamente) e de mortes (520 e 539, respectivamente).
O que faz Minas ser um Estado perigoso para quem trafega pelas rodovias?
De acordo com o Jornal Edição do Brasil a malha rodoviária federal e estadual de Minas Gerais é a maior do Brasil, então a probabilidade de ocorrer algum acidente é maior aqui do que em outro Estado. A gravidade dos acidentes é maior porque estamos situados em um ponto de ligação das regiões Norte-Sul. Há também a situação dos motoristas de caminhões que rodam sem condições e o transporte de minério que é feito, ilegalmente, pelas estradas. O minério, por lei, deveria rodar em uma estrada exclusiva, porém não é isso que acontece.
Recentemente, saiu um estudo que mostra que 70% dos pavimentos das rodovias mineiras foram classificadas como ruim ou péssimo. Mas, acredito que os principais problemas do Estado são sinalização e estradas que foram projetadas há muitos anos e não houve uma adequação para os veículos atuais.
*Com informações – Agência Brasil e Jornal Edição do Brasil