Mariana Pimenta
Portadora de uma trajetória pessoal e profissional repleta de histórias de conquistas e motivação, a arquiteta e empresária Luciana Lodi descobriu sua vocação em ajudar o próximo desde a sua infância. “Ainda criança, aprendi que se alguém precisa e eu posso ajudar é isto que devo fazer.”
Natural de São João Del Rei, já residiu em várias cidades, devido à profissão do pai, (industrial no ramo de tecelagan). Hoje, casada e mãe de dois filhos, Luciana mora literalmente em duas cidades, Lagoa Santa e Belo Horizonte. “Lagoa Santa é minha terra natal por essência. Sou apaixonada por essa cidade.”

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Formada em Administração e em Arquitetura e Urbanismo, está sempre em busca de aprendizado e especializações. Ela se destaca na profissão com projetos residenciais e comerciais.
Com todo conhecimentos adquirido, ela faz questão de transmitir para as outras pessoas. “Estou sempre aprendendo, lendo e usando meus conhecimentos para servir ao próximo. Compartilho o que sei no desejo de modificar a realidade daqueles que estão enfrentando desafios.”
Buscando transformar positivamente a sociedade, multiplicando seus talentos e dons, a arquiteta gosta de ocupar seu tempo com trabalhos voluntários. “Atuar como voluntária em ações sociais é, de longe, o que mais me impacta.”
Projetos sociais
“A questão da responsabilidade social da família Lodi está no nosso DNA.” Além de Luciana realizar vários projetos sociais através do seu trabalho, também tem o apoio e atuação da família.
Um de seus filhos, Gustavo Lodi, criou o Projeto Social “Lodi para o bem”. Juntos, eles atuam em momento de “uma necessidade extrema, auxiliando a normalizar a situação”.
O projeto atende várias regiões. “Estivemos em Mariana horas depois do acidente da mineradora. Já estiveram também no Pará, em um projeto social junto com o Exército Brasileiro. Desafios inimagináveis me ensinaram a ter outro olhar sobre a vulnerabilidade de crianças e mulheres.”
O trabalho com as mulheres
Para Luciana, em uma visão mais ampla, a solução, para uma parcela considerável da população que necessita de auxílio, é a qualificação e geração de trabalho e renda, especialmente para as mulheres. “Acredito que a mobilização organizada, tendo como foco as mulheres, pode impactar positivamente Lagoa Santa, como já acompanhei em outras regiões muito mais desafiadoras que a nossa.”
Por isso, a arquiteta reforça o trabalho em prol da mulher com objetivo de gerar emprego e renda. “As mulheres são, naturalmente, guardiãs de território, esteios do lar. Porém, muitas vezes são elas as vítimas da violência doméstica e isto é um ciclo, a mulher sofre a violência, não tem fonte de renda, se submete a esta realidade, as crianças e idosos, tornam-se vítimas também e este lar não terá estrutura suficiente para criar filhos saudáveis, estudantes comprometidos e futuros profissionais qualificados. Como consequência, mais violência, mais miséria e vulnerabilidade.”