A Prefeitura de Lagoa Santa, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), registrou o primeiro caso suspeito de varíola causada pelo vírus Monkeypox (MPX). Trata-se de um homem, aproximadamente 40 anos, residente do município. O paciente passa bem e está em isolamento.
Os pacientes seguem em recuperação, sendo monitorados pelas equipes de vigilância em saúde. A investigação dos casos suspeitos está em andamento e as coletas para análise laboratorial já foram realizadas. Os resultados são aguardados, explica.
A SMS emitiu uma nota técnica N° 009/2022 com as orientações às equipes de saúde acerca da doença, diagnóstico, fluxo e exames laboratoriais, fluxo de atendimento, isolamento e monitoramento de pacientes suspeitos, confirmados e contactantes, gerenciamento de resíduos e mecanismos estratégicos de comunicação.
Em maio de 2022, vários casos de varíola foram identificados em vários países não endêmicos. Em 21 de julho de 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já tinha sido notificada de 14.533 casos confirmados de MPX em 72 países.
No Brasil, até o dia 31 de julho, foram confirmados 1.369 casos: o maior número de casos está em São Paulo, com 1.031 infecções confirmadas. No Rio de Janeiro, são 169 pessoas com a doença, sem seguida estão: Minas Gerais (63), Distrito Federal (20) Paraná (21), Goiás (18), Bahia (11), Ceará (4), Rio Grande do Sul (6), Rio Grande do Norte (2), Espírito Santo (2), Pernambuco (7), Mato Grosso do Sul (5), Santa Catarina (7), Acre (1), Amazônia (1), Tocantins (1). No Brasil foi registrado somente um óbito em Minas Gerais, sendo esse um homem de 41 anos imunossuprimido que estava internado em um hospital de Belo Horizonte.
É importante que os trabalhadores da saúde estejam sensíveis para identificar os possíveis casos suspeitos de Monkeypox nos serviços de saúde ou território, atentando-se as definições abaixo e realizar a notificação imediata, se este for o caso.
A notificação/investigação de casos suspeitos de Monkeypox é obrigatória e imediata, em todo território nacional, em até 24 horas, pelos profissionais de saúde de serviços públicos ou privados, conforme Lei nº6 259 de 30 de outubro de 1975, por meio dos canais de comunicação do Ministério da Saúde, disponíveis 24 horas por dia, porém é necessário discutir o caso previamente com o CIEVS Minas que conjuntamente avaliará a indicação de notificação no Redecap, diz.
A SMS de Lagoa Santa disponibilizou contatos do Setor de epidemiologia para que os moradores da cidade, que desconfiarem de sintomas da doença, liguem imediatamente. São eles:
- (31) 3688-1383 (Núcleo de Epidemiologia- Lagoa Santa);
- (31) 9 9744-6983 (CIEVS-Minas)
- E-mail: vigilanciaemsaude.ls@gmail.com
Sobre a Monkeypox (MPX)
Lagoa Santa investiga primeiro caso suspeito de varíola dos macacos – A MPX é, geralmente, uma doença autolimitada, cujos sinais e sintomas duram de 2 a 4 semanas. O período de incubação é tipicamente de 6 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias. A pessoa infectada é assintomática no período de incubação. Os sinais e sintomas iniciais clássicos incluem febre súbita, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão.
A detecção de linfadenopatia é uma característica clínica importante, auxiliando no diagnóstico diferencial entre MPX e outras doenças.
A manifestação cutânea ocorre entre um e três dias após os sinais e sintomas iniciais. A erupção cutânea da MPX passa por diferentes estágios: mácula, pápula, vesícula, pústula e crostas. Inicialmente, as lesões têm diâmetro entre meio centímetro e um centímetro, e podem ser confundidas pelas causadas por varicela ou sífilis, e a principal diferença é a evolução uniforme das lesões na MPX.
Prevenção e isolamento
A prevenção da varíola dos macacos é parecida com a da Covid-19, principalmente em relação aos cuidados com a higiene das mãos e o não compartilhamento de objetos de uso pessoal. algumas atitudes necessárias:
- Isolar o paciente de outros membros da família, quando possível, em quarto/ambiente ventilados e em cama separada. Caso não seja possível isolar individualmente, manter o distanciamento de pelo menos um metro;
- Evitar visitas e contato com animais;
- Evitar uso de lentes de contato, objetivando reduzir a probabilidade de infecção ocular;
- Não utilizar barbeador em áreas com lesão cutânea;
- Não sair de casa de forma desnecessária, e ao sair utilizar máscara (trocando quando úmidas ou danificadas), protegendo as lesões (usando camisas com mangas compridas e calças), evitando aglomerações e transporte coletivo.
- Realizar higiene das mãos antes e depois do contato com o paciente;