Começou a valer ontem, dia 3 de agosto, as novas especificações estabelecidas pela Resolução 807/2020, da Agência Nacional do Petróleo (ANP), da gasolina vendida no Brasil. O combustível, que, conforme divulgado, passa a ter maior qualidade, pesará mais no bolso do consumidor. A previsão, entretanto, é que o rendimento compense o aumento do preço.
Entre as novidades nas especificações estão mudanças no método de destilação e uma alteração na quantidade de gasolina em cada litro: mínimo de 715 kg/m3. Nesse quesito, que antes não havia um indicador, a mudança implica agora em mais energia e menos consumo (redução entre 3% e 6%).
Outra alteração diz respeito a octanagem, nível de resistência que define o poder de explosão do combustível. O mínimo agora passa de 87 para 92 octanos. Esses cinco pontos a mais deixam a gasolina mais potente e eficiente, fator que também contribui com a diminuição do consumo.
Quanto ao percentual de etanol anidro, esse continua o mesmo. Foi mantido em 27% para as gasolinas comum e aditivada e em 25% para a gasolina premium.
A ANP definiu um prazo de até 90 dias para distribuidoras e postos esvaziarem os estoques com o produto antigo. “As distribuidoras vão ter sessenta dias para se adequarem e os postos trinta dias a mais”, afirmou Edneia Caliman, especialista em regulação de petróleo e derivados da Empresa.
Dessa forma, de acordo com a resolução, a gasolina com as antigas especificações ainda pode ser entregue nas distribuidoras até 3 de outubro e nos postos até o dia 3 de novembro.
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