Instaurado em 1987, o movimento da Luta Antimanicomial deu visibilidade ao tema por uma sociedade sem manicômios. E hoje (18) a Praça Dr. Lund foi palco de apresentações de teatro, músicas, danças, exposição e vendas de produtos confeccionados pelos pacientes nas oficinas terapêuticas.
O objetivo da programação foi acolher as pessoas em sofrimentos, uma maneira de cuidar da saúde mental, a fim de garantir a inclusão social e a liberdade. Segundo Organização Mundial de Saúde (OMS) são mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo que sofrem de doenças e transtornos mentais. Só no Brasil são mais de 23 milhões de pessoas. Desde a Reforma Psiquiátrica em 2001, o Brasil registrou um aumento expressivo nas unidades de CAPs. Entre 1998 (148 CAPs) e março de 2017 (2.455 CAPs) houve um aumento de 1.658 %.
Modalidades do CAPs
CAPS I: Atendimento a todas as faixas etárias, para transtornos mentais graves e persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 15 mil habitantes.
CAPS II: Atendimento a todas as faixas etárias, para transtornos mentais graves e persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 70 mil habitantes.
CAPS i: Atendimento a crianças e adolescentes, para transtornos mentais graves e persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 70 mil habitantes.
CAPS ad Álcool e Drogas: Atendimento a todas faixas etárias, especializado em transtornos pelo uso de álcool e outras drogas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 70 mil habitantes.
CAPS III: Atendimento com até 5 vagas de acolhimento noturno e observação; todas faixas etárias; transtornos mentais graves e persistentes inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 150 mil habitantes.
CAPS ad III Álcool e Drogas: Atendimento e 8 a 12 vagas de acolhimento noturno e observação; funcionamento 24h; todas faixas etárias; transtornos pelo uso de álcool e outras drogas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 150 mil habitantes.
Precisando de ajuda, procure a unidade de saúde mais perto de sua casa. Quem necessitar do atendimento não precisará se deslocar até o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), o paciente será atendido na própria unidade de saúde e, caso necessário, será encaminhado ao CAPS ou ao ambulatório de saúde mental localizado nas policlínicas.
Por Verônica Barbosa