Um novo estudo realizado por especialistas da Universidade do Texas, e publicado no periódico científico JAMA Cardiology, liga as complicações mais graves causadas pelo coronavírus a danos ao coração. Segundo a pesquisa, os altos graus de inflamação provocado pelo vírus, causariam também inflamações no sistema cardiovascular.
No estudo, foi realizado uma revisão de todas as informações a respeito de outros coronavírus, como os que causaram a SARS e a MERS. A conclusão foi de que as infecções virais desencadearam síndrome coronariana, arritmia e outros danos cardíacos nos pacientes. E, comparando com os dados com os do coronavírus, identificaram alto nível de troponina nos pacientes internados pela doença, um marcador que indica lesões cardíacas.
Ainda de acordo com o estudo, as medidas de prevenção ao coronavírus devem ser redobradas em pacientes que já apresentem doenças cardiovasculares. Isto porque quando um vírus infecta um organismo, o sistema imunológico responde a fim de combater a ameaça. Este processo natural causa uma inflamação e os vasos se dilatam para aumentar a circulação das células de defesa do organismo.
Muitas vezes, alguns órgãos podem ser afetados durante este processo. No caso do coronavírus, o processo pode prejudicar os tecidos saudáveis do pulmão, causando a pneumonia. E o mesmo acontece no sistema cardiovascular, lesionando o miocárdio.
Prevenção
Especialistas seguem alertando para que a população evite a exposição ao vírus neste momento. A medida é essencial para não sobrecarregar o sistema de saúde no Brasil. Com baixa letalidade, o maior problema enfrentado a respeito do coronavírus é uma carência de leitos e respiradores mecânicos para as pessoas que possam desenvolver as complicações mais severas.
Por isso, neste momento, é preciso cuidar da saúde geral do organismo. Médicos recomendam que, além de lavar as mãos com frequência e evitar sair de casa, é necessário fazer alimentações saudáveis, beber água, lembrar de tomar sol durante o isolamento social, dormir bem e manter-se calmo.
Confira também: Reestruturação na Funed aumenta de 200 para 700 média de exames para Covid-19