Projeto foi premiado na Lei Aldir Blanc e terá apoio de vários empresários de Lagoa Santa. Filmagens começam nesta terça, na cidade, com produção e artistas locais.
Você com certeza já deve ter ouvido falar da história de Luzia, que habitou por essas grutas e cerrados e teve os restos mortais encontrados no Sítio Arqueológico de Lagoa Santa. Descoberto em 1975, o crânio de Luzia é considerado o fóssil humano mais antigo encontrado na América do Sul e já levou o nome de Lagoa Santa para o mundo todo. E foi com um roteiro sobre este personagem que o cineasta Marlon Penido, foi premiado pela Lei Aldir Blanc e, agora, vai levá-lo às telonas valorizando ainda mais o Patrimônio Artístico e Cultural da cidade.
A ideia do cineasta, que mora no bairro Joá, em Lagoa Santa, é misturar ficção e realidade num documentário que se passa em território lagoassantense, como a Orla da Lagoa, Gruta da Lapinha e a Casa Fernão Dias (Fidalgo), por exemplo, contando com produção e elenco de artistas locais.
Reconhecida por pesquisadores e arqueólogos, a obra também recebeu incentivo de várias empresas locais para ajudar Marlon a concluir o projeto. “Sei que fui audacioso, pois na lógica não se trabalha um filme com uma verba como a da lei emergencial, que é irrisória. Mas com incentivos e apoios, um elenco maravilhoso como esse, conseguiremos realizá-lo e me sinto honrado em poder abordar um tema tão relevante como o de Luzia, sendo o DNA feminino mais antigo das américas do qual se tem notícia”, diz o cineasta.
Quem é o cineasta Marlon Penido?
O artista se define como “um mix de arte com burocracia”, já que, para ele, viver de arte no Brasil é muito complicado. Conhecido por sua versatilidade artística, Marlon atuou como cenógrafo da grande diva do Jazz nacional, Elza Soares. época em que conheceu muitos artistas da MPB e viveu, de perto, o glamour artístico do Rio de Janeiro. “Já estive até na Ilha de Caras”, conta o cineasta.
As obras de Marlon estão expostas na plataforma do IMDB, e no Youtube, e traz diversos filmes, documentários, ficção e publicidade. Ele também participa do novo clipe do Fred Izak, artista mineiro famoso no mundo todo.
“Sempre fui um produtor independente. Com Lei ou sem Lei incentivo à cultura nunca deixei de produzir, fiz meus filmes sem trajetória de Lei, apesar de ter cursado Direito e com TCC sobre Ancine, nunca quis vivenciar a vida pública por debaixo dos panos, foram vários convites. Mas a alma do artista prevalece”.
Sobre sua relação com Lagoa Santa, o cineasta conta como decidiu escolher a cidade para chamar de sua. “Frequento Lagoa Santa desde criança, minha família é do ramo da comunicação. Priscilla Penido, minha prima, me convidou para passar uma temporada na casa dela no bairro Joá, apaixonei. Consegui mudar para aqueles casebres de vó e moro aqui, vivo aqui e fiz muitas amizades e momentos inesquecíveis”, conta.
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