A Cemig fez ontem, dia 6, à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), um pedido para que o reajuste médio de 4,27% na conta de energia elétrica dos mineiros, aprovado em maio, seja cancelado. Para os clientes residenciais a alíquota, que passaria a vigorar ainda este ano, seria de 2,57%. De acordo com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, a suspensão acontece em razão de um acordo judicial com a Cemig, no valor de R$714 milhões, que será repassado para os consumidores em forma de desconto.
“Estou satisfeito com essa decisão de cunho social, pois sabemos que, desde o início da pandemia, todos os mineiros foram impactados com perda de emprego e renda. Tudo o que pudermos fazer para a ajudar as famílias é importantíssimo”, afirmou Zema em pronunciamento na Cidade Administrativa.
O pedido de não reajuste foi impetrado pelo senador mineiro Rodrigo Pacheco, que sugeriu que os R$714 milhões, que a Cemig cobrou a mais em ICMS dos consumidores, durante quatro anos (2008 a 2011), fosse devolvido na forma de descontos na conta de luz, em 2020. “Além de ser justo devolver o dinheiro a quem pagou, durante anos, mais do que deveria, seria inconcebível admitir um aumento de energia elétrica em plena pandemia”, afirmou Pacheco.
A decisão depende agora de uma aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica, Aneel, que, segundo o governador, não deve barrar a proposta. “É algo que deve se concretizar em breve, pois tem toda fundamentação técnica”, destacou Zema.