A chegada do mês de outubro é marcada, anualmente, pelo movimento internacional de conscientização do controle do câncer de mama, no topo dos que mais acometem a população feminina brasileira. Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) mostram que, no Brasil, o câncer de mama é o que mais prevalece entre as mulheres, excluindo os tumores de pele não melanoma. A cada ano, cerca de 66 mil mulheres são diagnosticadas com a doença, que também é a primeira causa de morte por câncer das mulheres brasileiras.
Em 2021, os dados preocupantes são somados a outro alerta. O levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) indicou que, em 2020, o número de mamografias realizadas por mulheres entre 50 e 69 anos foi reduzido em 42%. “Por esse contexto, temos a dimensão do problema. Precisamos lembrar que quanto menor a lesão, maiores as chances de cura, melhor a possibilidade de tratamento e menores as chances de o tumor ir para outros órgãos”, ressalta Ivie Braga de Paula, médica radiologista do Hermes Pardini.
Daí a importância do diagnóstico precoce. Segundo Ivie, ao diagnosticar lesões com menos de 1 centímetro, existe 95% de chance de cura, ainda que o tumor seja agressivo. Esperar agir apenas quando se identificar uma lesão palpável, diminui-se chances de cura diante de tumores maiores e mais heterogêneos. “Apesar de a incidência do câncer de mama ter aumentado no mundo inteiro, em alguns países ele já não é mais a primeira causa de letalidade. Isso sinaliza a existência de um rastreamento organizado que chega a tumores menores”, completa a radiologista.
Controle diagnóstico
(imagem: Filipe Abras)
A SBM recomenda que o exame de mamografia seja feito anualmente para mulheres a partir dos 40 anos. Especialistas recomendam também que, a partir dos 30 anos, a mulher faça uma avaliação com ginecologista ou mastologista para investigar quais são os riscos a partir de um rastreamento familiar.
A médica radiologista do Pardini pontua também a existência de outros exames, conjugados à mamografia que auxiliam a cercar o diagnóstico. São os casos da ressonância, para quem tem o risco genético aumentado, e do ultrassom, indicado como complemento para mulheres com mama de padrão mais denso.
Detectada alguma lesão, a biópsia é o próximo passo para conduzir o tratamento. “A maioria das biópsias é benigna. Não podemos deixar de fazer o exame por causa do medo de encontrar algo. Tecnicamente, a biópsia é um procedimento simples, como puncionar uma veia para tirar sangue. Devemos sempre nos lembrar que essa investigação é nossa principal aliada”, endossa. A frequência à ida ao médico é recomendada também em caso de qualquer dúvida, suspeita, desconforto e percepção de alteração.
Moradoras de Lagoa Santa e região contam com o apoio do Hermes Pardini para cuidar da saúde. Para consultar o serviço de mamografia, exames por imagem e de coleta domiciliar, basta entrar em contato pelo número, que também é WhatsApp:
Lagoa Santa dispõe de duas unidades do Hermes Pardini. Lagoa Santa I: Av. Pref. João Daher, 1233 – Joana Darc, e Lagoa Santa II: R. Conde Dolabela, 1711 – Várzea.